Banco central bloqueia Três Novas Instituições do⁣ Pix‌ Após Fraude Cibernética

O Banco Central (BC) ‍adotou uma medida preventiva⁣ ao suspender temporariamente a participação⁣ de mais três instituições financeiras ⁢no sistema Pix, em decorrência de suspeitas relacionadas ​a um ataque cibernético que resultou no desvio de recursos. As⁤ empresas Voluti Gestão Financeira, Brasil Cash e S3 Bank foram desconectadas do sistema,‍ somando-se às ⁣fintechs ⁢Transfeera, Soffy e Nuoro Pay, que já haviam sido suspensas anteriormente.

Contexto da Suspensão e ​Investigação

O ⁣BC investiga se essas seis instituições tiveram⁤ envolvimento no ataque ⁤que desviou aproximadamente R$ 530 milhões ⁣de contas reservas ‌mantidas ⁤pelos bancos junto à ‌autoridade ⁢monetária. Essas contas são exigidas por⁢ lei para garantir a estabilidade financeira.A⁣ suspensão, válida por 60 dias, está fundamentada no Artigo 95-A da⁣ Resolução 30, de outubro de 2020, que regula o funcionamento do Pix. ‌Conforme⁣ essa norma, o ⁤Banco ‍Central pode interromper a participação de qualquer instituição que ⁢comprometa a segurança‍ e​ o funcionamento‌ do sistema de pagamentos⁢ instantâneos.

Reações das⁤ Empresas Envolvidas

A Transfeera, pix/” title=”Hackers desviam R$ 541 milhões em SP: 166 transações e 29 empresas envolvidas em esquema milionário de fraude via …”>empresa de capital ​fechado autorizada pelo⁢ BC, confirmou a suspensão do Pix, mas garantiu‍ que seus demais serviços ⁢permanecem ativos. Em nota, ‍a companhia afirmou que nem ela nem seus​ clientes foram diretamente afetados pelo incidente e que está colaborando com as ‌autoridades para ⁤a ​retomada do serviço.

Já as fintechs⁤ Soffy ‍e Nuoro Pay,⁣ que operam em parceria ​com outras instituições financeiras para oferecer o Pix, não possuem autorização direta do Banco Central⁣ para ‍participar do sistema.Até o momento, ⁤essas empresas, assim como voluti⁣ Gestão Financeira, Brasil Cash e S3 Bank, não emitiram posicionamentos públicos sobre a suspensão.

Objetivo da Medida​ e Segurança do Sistema

O Banco Central‍ justifica⁢ a suspensão como uma ação necessária para preservar a integridade do sistema de pagamentos instantâneos​ e garantir a segurança do arranjo até a conclusão​ das investigações sobre o desvio dos recursos. Essa‌ medida visa evitar riscos⁢ adicionais e proteger os usuários do Pix, que já movimenta mais de R$ 1 trilhão mensalmente, segundo ‌dados recentes do próprio BC.

Detalhes do ​ataque Cibernético

Na noite do dia 1º de dezembro de 2024, a ‌empresa C&M Software, ‌que fornece serviços‌ tecnológicos para diversas instituições financeiras, sofreu um ataque hacker.⁢ O incidente permitiu​ o acesso indevido⁣ às contas reservas dos bancos ⁢no Banco Central, possibilitando a transferência dos valores via​ pix ‍e a conversão dos fundos em criptomoedas, dificultando ‍o rastreamento.

Embora a C&M não realize ⁢transações financeiras diretamente, ela atua como intermediária conectando ‍instituições ao Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), ‌gerido‍ pelo BC. Após ‌o‌ ataque, o Banco Central autorizou a retomada das operações Pix da C&M no dia 3 de ​dezembro.

Investigações e‍ Prisões

As autoridades, incluindo a ‍Polícia Federal,a Polícia‌ Civil de São⁢ Paulo e o Banco Central, estão conduzindo as investigações.‌ A C&M​ informou publicamente⁢ que⁢ não houve vazamento de dados de clientes. No entanto, na sexta-feira seguinte ao ataque, ⁣um funcionário da empresa foi detido sob suspeita​ de ter recebido R$ 15 mil para ​facilitar o acesso dos criminosos aos sistemas internos.⁢ Ele admitiu ter⁤ fornecido a ‌senha por R$ 5 mil⁣ e recebido⁤ mais R$ 10 mil para criar um canal de entrada para os hackers.

Impactos e Medidas Futuras

Este‌ episódio evidencia a ​crescente vulnerabilidade⁢ dos sistemas financeiros diante de ataques digitais sofisticados. O Banco Central reforça seu ​compromisso com ⁣a segurança⁤ do Pix, que já é utilizado por mais de 130‌ milhões de brasileiros, e promete intensificar a fiscalização e ⁢aprimorar ‌os mecanismos de proteção para evitar novos incidentes.