Estados unidos anunciam atraso no retorno das tarifas recíprocas e intensificam pressão comercial sobre o BRICS
País: Estados Unidos
Prorrogação na aplicação das tarifas entre mais de 180 nações
A administração norte-americana informou nesta segunda-feira (7) que o presidente Donald Trump decidiu postergar o início da retomada das chamadas “tarifas recíprocas”, previstas inicialmente para entrar em vigor nesta quarta-feira (9), para o dia 1º de agosto. Essas taxas afetam produtos importados provenientes de mais de 180 países.
A Casa Branca declarou que um decreto oficial será assinado em breve,prorrogando essa trégua nas sobretaxas comerciais,enquanto negociações continuam avançando com alguns parceiros internacionais.
Novo limite mínimo tarifário para Japão e Coreia do Sul a partir de agosto
No mesmo anúncio,Trump revelou que estabelecerá uma tarifa mínima fixa de 25% sobre as importações vindas do Japão e da Coreia do Sul,também válida a partir da primeira semana de agosto.
As informações foram divulgadas por meio de cartas formais enviadas aos líderes desses dois países – ao primeiro-ministro japonês Ishiba shigeru e ao presidente sul-coreano Lee Jae-myung -, publicadas na plataforma Truth Social pelo próprio presidente americano.
Nesses documentos, o governo americano ressaltou que essa medida representa um esforço para corrigir déficits comerciais históricos significativos enfrentados pelos EUA com essas nações asiáticas, reforçando porém a abertura para continuar negociando acordos bilaterais benéficos para ambas as partes.
Destaques das cartas enviadas aos parceiros comerciais asiáticos
- A partir da data fixada – 1º/08/2025 -, todos os produtos japoneses destinados ao mercado dos EUA terão tarifa mínima aplicada independentemente dos atuais regimes tarifários setoriais;
- A alíquota fixada é considerada menor que necessária para equilibrar completamente os déficits acumulados;
- Caso empresas japonesas ou coreanas optem por investir diretamente em produção dentro dos EUA, estarão isentas dessas tarifas;
- Mecanismos rápidos serão adotados pelas autoridades americanas para aprovar eventuais investimentos estrangeiros produtivos no país;
- Caso ocorram aumentos tarifários internos nos respectivos países asiáticos, essas elevações serão acrescidas à taxa já definida pelo governo Trump;
- A carta enviada à Coreia replica integralmente as cláusulas dirigidas ao Japão.
Situação atual das negociações globais diante da suspensão temporária das sobretaxas
A extensão dessa pausa nas tarifas oferece prazo adicional – cerca de três semanas – até o novo marco estabelecido em agosto. Desde abril quando foi anunciado originalmente este “tarifaço”, apenas acordos pontuais foram firmados entre Washington com Reino Unido e Vietnã.
Muitos outros países como integrantes da União Europeia lutam contra imposições elevadas que variam entre 10% a até metade do valor comercial total importado. Disputas se concentram especialmente nos setores agrícola, tecnológico e aeronáutico.
Países-chave como Índia, Indonésia, Tailândia e Suíça trabalham contra relógio tentando apresentar concessões finais abrangendo esses entraves econômicos recentes com os Estados Unidos.
Tensão crescente com grupo emergente BRICS acirra cenário internacional
Diante disso tudo, Donald trump intensificou suas críticas contra os integrantes do bloco conhecido como BRICS – composto por Brasil , Rússia , China , Índia , África do Sul , Emirados Árabes Unidos , Egito , Arábia Saudita , Etiópia , Indonésia e Irã . No domingo (6), anunciou nova política sob pena tributária adicional: qualquer país deste agrupamento identificado alinhado às “políticas antiamericanas” receberá uma tarifa extra obrigatória suplementar correspondente a +10%, sem exceções segundo suas palavras.
No entanto até agora não houve definição clara quais estados sofrerão estas sanções nem parâmetros exatos definidores dessas políticas hostis segundo apreciação americana exclusivista.
Respostas oficiais não tardaram: O ministério chinês condenou publicamente qualquer uso coercitivo via estas imposições fiscais dizendo serem prejudiciais globalmente. Já Moscou expressou confiança no caráter cooperativo diversificado destes membros reunidos conforme seus interesses nacionais compartilhados.
De modo similar posicionamentos vindos da África Do Sul enfatizam tratar-se prioritariamente dum movimento pró-multilateralismo renovado visando criar estruturas globais econômicas/políticas inclusivas condizentes às realidades contemporâneas mundiais refletidas século XXI .
O Brasil permanece discreto quanto à posição oficial específica neste momento sensível.