Estados Unidos: Preços do petróleo registram alta de quase 3% diante de instabilidades internacionais
Os contratos futuros do petróleo fecharam em forte valorização na última sexta-feira, alcançando um ganho aproximado de 3%.Esse movimento representou uma recuperação das perdas sofridas no dia anterior, influenciado principalmente pelo aumento das disputas geopolíticas no Oriente Médio e pela expectativa sobre anúncios comerciais provenientes do governo norte-americano.
Destaques dos mercados futuros: WTI e Brent em ascensão semanal
No pregão da New York mercantile Exchange (Nymex), o barril de petróleo tipo WTI para entrega em agosto caminhou para US$ 68,45, subindo expressivos 2,82% (+US$ 1,88). essa performance acumulada ao longo da semana representa uma elevação superior a 3%. Paralelamente, o Brent negociado na Intercontinental exchange (ICE), com vencimento em setembro, subiu para US$ 70,36 por barril - um avanço semanal próximo a 2,9%.
Revisões nas previsões globais e impactos na oferta
A Agência Internacional de Energia (AIE) ajustou suas projeções para o crescimento da demanda mundial até 2025 para patamares inferiores aos anteriormente estimados. Apesar dessa diminuição esperada na necessidade energética global futura,a agência reportou que os níveis atuais dos estoques são apertados e ressaltou as tensões no fornecimento. Em paralelo às análises da AIE surgiu uma controvérsia envolvendo a Arábia Saudita: embora haja acusações sobre produção acima do limite imposto pelo acordo Opep+, Riad negou qualquer ultrapassagem desse teto produtivo.
Cenário dos Estados Unidos: produção limitada impulsiona preços mundiais
segundo análise do banco commerzbank, espera-se que nos próximos meses não haja crescimento relevante na extração petrolífera americana devido à redução nas operações de perfuração. essa estagnação restringe o aumento da oferta doméstica nos EUA e contribui para sustentar os valores internacionais do produto. Após maiores informações divulgadas pela AIE que causaram ligeira queda nos preços locais inicialmente, houve recuperação acompanhando o agravamento das crises políticas globais.
Tensões no Oriente Médio reacendem preocupações logísticas
No contexto regional levantam-se alertas após ataques conduzidos pelos grupos rebeldes houthis contra navios comerciais transpondo o Mar Vermelho – rota crucial utilizada pelo comércio internacional. Esses eventos reacenderam debates acerca dos riscos à navegabilidade numa área estratégica basic para o transporte energético mundial.
Perspectivas futuras indicam desafios mesmo com recente alta nos preços
A consultoria Capital Economics adotou postura cautelosa frente ao cenário atual. Para essa instituição financeira especializada em indicadores macroeconômicos existiriam fortes evidências apontando para um excesso significativo da oferta ainda neste ano decorrente da ampliação produtiva promovida pela aliança Opep+ combinada à manutenção estável ou lenta expansão da demanda especialmente observada nos principais mercados ocidentais – Estados Unidos e Europa.
Diante desse cenário conectivo tranquilo -, manifestaram -, “o apetite por volumes adicionais permanece baixo”. As projeções indicativas sugerem possíveis recuos progressivos no valor do barril Brent alcançando cerca de US$60 antes mesmo que termine este ano calendário seguido por baixa adicional até próximos US$50 ao longo de todo o exercício seguinte (2026).