Brasil: Ibovespa Enfrenta Semana de Quedas e Incertezas com Tarifas dos EUA
Ibovespa Fecha Semana em Baixa Após Cinco Sessões Negativas
O principal índice da bolsa brasileira, o Ibovespa, encerrou a semana com uma sequência de cinco pregões consecutivos em queda, algo que não ocorria desde maio de 2024. Nesta sexta-feira, o índice recuou 0,41%, fechando aos 136.187,31 pontos, o que representa uma perda de 555,95 pontos no dia.
Ao longo da semana, o Ibovespa acumulou uma desvalorização de 3,59%, a maior desde dezembro de 2022, quando o índice caiu 4,34% em cinco sessões. Apesar da mínima do dia ter atingido 135.528 pontos, o mercado conseguiu amenizar o pessimismo no fechamento.
O dólar comercial acompanhou o movimento, finalizando o dia com leve alta de 0,10%, cotado a R$ 5,548, após oscilar mais de 0,8% durante o pregão.Os juros futuros (DIs) apresentaram variações mistas ao longo do dia.
Escalada de Tarifas dos EUA Aumenta Pressão Sobre o Mercado Brasileiro
O mercado brasileiro sofreu mais um impacto negativo com a escalada da guerra comercial promovida pelo governo dos Estados Unidos. Além da ameaça de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros,o presidente Donald Trump anunciou a imposição de uma tarifa de 35% sobre importações do Canadá,válida a partir de 1º de agosto,citando preocupações com o tráfico de fentanil.
Essa medida surpreendeu o mercado global, que reagiu com queda nos principais índices de Wall Street e nas bolsas europeias, refletindo o aumento da tensão comercial internacional.
Diálogo Diplomático Entre Brasil e EUA Pode Ser Caminho Inicial
O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva manifestou sua oposição às tarifas americanas, classificando Trump como “mal informado” e sinalizando que o Brasil buscará inicialmente soluções diplomáticas, incluindo negociações na Organização Mundial do Comércio (OMC) e no grupo dos BRICS, antes de adotar medidas de reciprocidade.
Por sua vez, Trump afirmou que pretende conversar com Lula “em algum momento, mas não agora”, mantendo um tom ambíguo diante da crise comercial.
O Ministério da Fazenda do Brasil avaliou que o impacto das tarifas será limitado em 2025 e prevê até uma valorização do real frente ao dólar. A pasta também revisou para cima a projeção de crescimento do PIB brasileiro para 2,5% em 2025, com desaceleração moderada prevista para 2026. Contudo, alertou para possíveis efeitos adversos sobre inflação e câmbio.
especialistas destacam que a crise pode fortalecer a união nacional em defesa da economia e da soberania, apesar do cenário desafiador.
setor de Serviços Mostra Resiliência, Mas Com Crescimento moderado
Dados recentes indicam que o setor de serviços brasileiro registrou crescimento pelo quarto mês consecutivo em maio, com alta de 0,1%. Economistas apontam que, embora o setor continue em expansão, a tendência é de desaceleração gradual, especialmente nos segmentos mais ligados ao ambiente empresarial.
Segundo análises da XP Investimentos, os serviços voltados ao consumo doméstico devem manter crescimento, enquanto os relacionados às empresas podem apresentar enfraquecimento no segundo semestre.
Commodities Sustentam Algumas Altas no Ibovespa
Apesar do cenário negativo, empresas ligadas a commodities evitaram quedas mais acentuadas no índice. A Vale (VALE3) subiu 1,30%, fechando a semana com ganhos superiores a 1%. Petrobras (PETR4) também avançou 1,21%,impulsionada pela alta do petróleo no mercado internacional,e encerrou a semana em alta.
Outras ações como PRIO (PRIO3) e Ambev (ABEV3) também registraram valorização, com a Ambev projetando crescimento moderado nos lucros para o segundo trimestre de 2025.
Setores de Bancos e Varejo Sofrem quedas significativas
O segmento bancário foi um dos mais afetados, com Itaú Unibanco (ITUB4) recuando 0,82% e Banco do Brasil (BBAS3) caindo 0,33%. A B3 (B3SA3) teve queda expressiva de 2,42%.
O varejo também enfrentou perdas, com Lojas Renner (LREN3) e Magazine Luiza (MGLU3) caindo 2,40% e 3,60%, respectivamente. As locadoras de veículos Movida (MOVI3) e Localiza (RENT3) sofreram quedas acentuadas, mesmo com a expectativa de redução do IPI, que poderia aliviar custos.
O setor de frigoríficos foi impactado pela postergação da assembleia que discutiria a fusão entre BRF (BRFS3) e Marfrig (MRFG3), com as ações caindo 4,35% e 4,17%, respectivamente.
Perspectivas para a próxima Semana e Eventos Econômicos
Os investidores aguardam com atenção os dados de inflação ao consumidor e ao produtor nos Estados Unidos, que serão divulgados na próxima terça e quarta-feira, além dos números da produção industrial e do varejo americano. Esses indicadores podem influenciar o comportamento dos mercados globais e brasileiros.
O cenário permanece volátil, com o mercado financeiro brasileiro tentando se ajustar às incertezas comerciais e econômicas internacionais.
Brasil: Ibovespa enfrenta Semana de Quedas e Desafios Comerciais
Ibovespa Fecha Semana em Baixa Após Cinco Sessões Negativas
O principal índice da bolsa brasileira, o Ibovespa, encerrou a sexta-feira com queda de 0,41%, aos 136.187,31 pontos, acumulando uma perda semanal de 3,59%. Esta foi a primeira vez desde maio de 2024 que o índice registrou cinco pregões consecutivos no vermelho, refletindo um cenário de pressão contínua no mercado.
Apesar da mínima do dia ter atingido 135.528 pontos, o mercado conseguiu amenizar o pessimismo no fechamento. O dólar comercial acompanhou esse movimento, finalizando com leve alta de 0,10%, cotado a R$ 5,548, após oscilar mais de 0,8% durante o dia. Os juros futuros (DIs) apresentaram variações mistas, indicando incertezas no cenário econômico.
Impacto das Tarifas dos EUA e Reações Diplomáticas
O mercado brasileiro sofreu mais um revés com a escalada da guerra comercial promovida pelo governo dos Estados Unidos. Além da ameaça de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, o presidente Donald Trump anunciou a imposição de uma tarifa de 35% sobre importações canadenses a partir de 1º de agosto, gerando apreensão global.
O presidente Lula manifestou sua oposição às tarifas americanas, classificando Trump como “mal informado” e sinalizando que o Brasil buscará soluções por meio da Organização Mundial do Comércio (OMC) e do grupo dos BRICS antes de adotar medidas de reciprocidade.A China também criticou as ações dos EUA, acusando-os de coerção comercial.
trump, por sua vez, afirmou que pretende dialogar com Lula “em algum momento, mas não agora”, mantendo um tom ambíguo que mantém o mercado em alerta.
Setor de Serviços Mostra Resiliência em Meio à Desaceleração
Dados recentes indicam que o setor de serviços brasileiro cresceu pelo quarto mês consecutivo,registrando alta de 0,1% em maio. Economistas da XP destacam que, embora o crescimento seja moderado, os serviços voltados ao consumo interno devem continuar em expansão, enquanto os ligados ao setor empresarial podem apresentar enfraquecimento no segundo semestre.
Commodities Sustentam o Ibovespa Apesar das Quedas gerais
Apesar do cenário adverso, empresas ligadas a commodities como Vale e Petrobras conseguiram evitar perdas mais expressivas no índice. A Vale (VALE3) subiu 1,30%, enquanto a Petrobras (PETR4) avançou 1,21%, impulsionadas pela alta dos preços internacionais do minério de ferro e do petróleo, respectivamente. A PRIO (PRIO3) também registrou alta de 2,20%.
Por outro lado, setores como bancos e varejo sofreram quedas significativas.Itaú Unibanco (ITUB4) caiu 0,82%, e Magazine Luiza (MGLU3) recuou 3,60%. As locadoras de veículos, como Movida (MOVI3) e Localiza (RENT3), tiveram perdas acentuadas, mesmo com a isenção do IPI, refletindo incertezas sobre o impacto da medida.
Frigoríficos e Fusões: Incertezas e Adiamentos
O setor de frigoríficos enfrentou forte volatilidade, com a BRF (BRFS3) e a Marfrig (MRFG3) registrando quedas de 4,35% e 4,17%, respectivamente, após a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) adiar novamente a assembleia que votaria a fusão entre as duas empresas. Este adiamento, o segundo da CVM, gera dúvidas sobre o futuro da operação e pressiona as ações do setor.
Perspectivas para a Próxima Semana e Indicadores Econômicos
Os investidores aguardam com atenção os dados de inflação ao consumidor e ao produtor nos Estados Unidos, que serão divulgados na próxima semana, além dos números da produção industrial e do varejo. Esses indicadores serão fundamentais para avaliar os efeitos das tarifas e a saúde da economia global.
Enquanto isso, o Ministério da Fazenda do Brasil mantém uma visão otimista, prevendo impacto limitado das tarifas americanas em 2025 e uma leve desaceleração econômica em 2026, com expectativa de dólar mais fraco. No entanto, alertas sobre possíveis pressões inflacionárias e volatilidade cambial permanecem.
Resumo dos Movimentos do Mercado
- Ibovespa: queda semanal de 3,59%, encerrando em 136.187 pontos.
- Dólar comercial: leve alta de 0,10%, cotado a R$ 5,548.
- Vale (VALE3): alta de 1,30% no dia, sustentando ganhos semanais.
- Petrobras (PETR4): valorização de 1,21%, impulsionada pelo petróleo.
- Itaú Unibanco (ITUB4): queda de 0,82%, refletindo cautela no setor financeiro.
- Magazine Luiza (MGLU3): recuo de 3,60%, impactada por cenário econômico.
- BRF e Marfrig: ações pressionadas após adiamento da assembleia de fusão.
Brasil: ibovespa Enfrenta Semana de Quedas e Incertezas com Tarifas dos EUA
Ibovespa Registra Queda Contínua e Semana de Perdas Expressivas
O principal índice da bolsa brasileira,o Ibovespa,encerrou a sexta-feira com baixa de 0,41%,fechando aos 136.187,31 pontos, o que representa uma queda de 555,95 pontos no dia. Esta foi a quinta sessão consecutiva de baixa, configurando a primeira semana inteiramente negativa desde maio de 2024. No acumulado da semana, o índice recuou 3,59%, a maior perda semanal desde dezembro de 2022, quando o Ibovespa caiu 4,34% em cinco pregões.
Apesar da mínima do dia ter atingido 135.528 pontos, o mercado conseguiu amenizar o pessimismo no fechamento. O dólar comercial acompanhou esse movimento, finalizando com leve alta de 0,10%, cotado a R$ 5,548, após oscilar mais de 0,8% durante o pregão. Os juros futuros (DIs) apresentaram comportamento misto ao longo do dia.
Tarifas dos EUA Aumentam Pressão sobre o Mercado Brasileiro
O cenário externo adicionou tensão ao mercado nacional, especialmente após o anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor tarifas de 35% sobre as importações canadenses a partir de 1º de agosto, além da ameaça de elevar para 50% as tarifas sobre produtos brasileiros.Essa escalada na guerra comercial gerou reações negativas nos mercados globais, com índices em Wall Street e na Europa fechando em baixa.
O governo brasileiro, por sua vez, manifestou resistência às medidas, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva qualificando a decisão como fruto de desinformação e sinalizando que a resposta poderá ocorrer inicialmente por vias diplomáticas, como na Organização Mundial do Comércio (OMC) e no grupo dos BRICS, antes de adotar medidas de reciprocidade. A China também criticou as ações dos EUA, classificando-as como coerção.
Desempenho Setorial: commodities Resistentes e Bancos em Queda
Enquanto o Ibovespa sofreu desgaste,setores ligados a commodities mostraram resiliência. A Vale (VALE3) subiu 1,30%, encerrando a semana com ganhos superiores a 1%, e a Petrobras (PETR4) avançou 1,21%, impulsionada pela alta do petróleo no mercado internacional. A PRIO (PRIO3) também registrou alta de 2,20%. A ambev (ABEV3) teve leve valorização de 0,53%, com expectativas de crescimento moderado dos lucros no segundo trimestre de 2025.
Por outro lado, o setor financeiro e o varejo enfrentaram quedas significativas. Itaú Unibanco (ITUB4) recuou 0,82%, seguido pelo Banco do Brasil (BBAS3) com baixa de 0,33%, e a B3 (B3SA3) caiu 2,42%. No varejo, Lojas Renner (LREN3) e Magazine Luiza (MGLU3) caíram 2,40% e 3,60%, respectivamente. As locadoras de veículos Movida (MOVI3) e Localiza (RENT3) sofreram perdas expressivas, de 9,26% e 4,16%, mesmo com a isenção do IPI, que poderia aliviar custos.
O setor de frigoríficos foi duramente impactado após a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) adiar novamente a assembleia que votaria a fusão entre BRF (BRFS3) e Marfrig (MRFG3), resultando em quedas de 4,35% e 4,17% para as ações, respectivamente.
Setor de Serviços Mantém Crescimento Moderado
Dados recentes do IBGE indicam que o setor de serviços brasileiro cresceu pelo quarto mês consecutivo em maio, com alta de 0,1%. Economistas da XP destacam que, apesar do crescimento contínuo, a atividade deve perder força gradualmente, especialmente nos serviços voltados para empresas, enquanto os ligados ao consumo doméstico devem continuar em expansão.
Perspectivas Econômicas e Políticas para o Brasil
O Ministério da Fazenda revisou para cima a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2025, agora estimado em 2,5%, com uma desaceleração leve prevista para 2026. Apesar disso, o impacto das tarifas americanas pode pressionar a inflação e o câmbio, segundo alertas do governo.
Politicamente, a crise comercial tem potencial para unir a sociedade brasileira em defesa da economia e da soberania nacional, conforme análise do diplomata Rubens Ricupero. O presidente Lula tem adotado postura firme, criticando as tarifas e afirmando que buscará todas as esferas possíveis para evitar a taxação, incluindo negociações na OMC e nos BRICS, além de medidas de reciprocidade caso necessário.
Próximos Desafios no Cenário Internacional e Nacional
A próxima semana reserva importantes indicadores econômicos, como os dados de inflação ao consumidor e ao produtor nos Estados Unidos, além da produção industrial e vendas no varejo. Esses números serão fundamentais para avaliar os efeitos das tarifas e a reação dos mercados globais.
Enquanto isso,o Ibovespa e o dólar permanecem voláteis,refletindo as incertezas políticas e econômicas. A luta por estabilidade e crescimento continua, com investidores atentos às movimentações internas e externas.
Brasil: Ibovespa Enfrenta Semana de Quedas e Incertezas com tarifas dos EUA
Ibovespa Registra Queda Contínua e Semana de Desempenho Negativo
O principal índice da bolsa brasileira, o Ibovespa, encerrou a semana com cinco pregões consecutivos em baixa, algo que não ocorria desde maio de 2024. Nesta sexta-feira,o índice caiu 0,41%,fechando aos 136.187,31 pontos, o que representa uma perda de 555,95 pontos no dia e um recuo acumulado de 3,59% na semana. Essa sequência negativa é a maior desde dezembro de 2022, quando o índice acumulou baixa de 4,34% em cinco sessões.
Apesar da mínima do dia ter atingido 135.528 pontos, o mercado conseguiu amenizar o pessimismo no fechamento. O dólar comercial acompanhou esse movimento, finalizando com leve alta de 0,10%, cotado a R$ 5,548, após oscilar mais de 0,8% durante o pregão. Os juros futuros (DIs) apresentaram variações mistas ao longo do dia.
Tarifas dos EUA: Impactos e Reações no Cenário Comercial
O mercado brasileiro sofreu mais um impacto nesta sexta-feira com a escalada da guerra comercial promovida pelo governo dos Estados Unidos. além da ameaça de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, o presidente Donald Trump anunciou a imposição de uma tarifa de 35% sobre importações canadenses a partir de 1º de agosto, citando o combate ao fluxo de fentanil como justificativa.
Essa medida surpreendeu o mercado global, que reagiu com queda nos principais índices de Wall Street e nas bolsas europeias, refletindo a preocupação com a instabilidade nas relações comerciais internacionais. Trump, no entanto, afirmou que pretende conversar com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva em momento oportuno, mantendo o tom ambíguo que tem caracterizado sua política externa.
O presidente lula, por sua vez, classificou a taxação como fruto de desinformação e sinalizou que o Brasil buscará soluções por meio de canais diplomáticos, como a Organização Mundial do Comércio (OMC) e o grupo dos BRICS, antes de adotar medidas de reciprocidade. A China também manifestou solidariedade ao Brasil, criticando as ações dos EUA como coerção comercial.
Perspectivas Econômicas e Reação do Governo Brasileiro
O Ministério da Fazenda avaliou que o impacto das tarifas americanas será restrito a setores específicos e que o efeito sobre o crescimento econômico em 2025 será limitado. A previsão de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano foi revisada para cima, com expectativa de crescimento de 2,5%, e uma desaceleração moderada projetada para 2026.
Entretanto, o governo alerta para possíveis pressões inflacionárias e volatilidade cambial decorrentes das medidas tarifárias. No âmbito político, especialistas destacam que a situação pode fortalecer a união nacional em defesa da economia e da soberania, apesar do cenário adverso.
Setores em Destaque: Commodities Resistentes e Varejo em Dificuldades
Enquanto o Ibovespa sofreu desgaste, setores ligados a commodities, como mineração e petróleo, mostraram resiliência. A Vale (VALE3) e a Petrobras (PETR4) fecharam a semana com ganhos superiores a 1%, impulsionadas pela alta dos preços internacionais do minério de ferro e do petróleo, respectivamente. A PRIO (PRIO3) também registrou valorização significativa.
Por outro lado, o setor bancário e o varejo enfrentaram quedas expressivas. Itaú Unibanco (ITUB4) liderou as perdas entre os bancos, com recuo de 0,82%, seguido pelo Banco do Brasil (BBAS3) e pela B3 (B3SA3). No varejo, Lojas Renner (LREN3) e Magazine Luiza (MGLU3) tiveram desvalorização acentuada, assim como as locadoras Movida (MOVI3) e Localiza (RENT3), que foram impactadas por incertezas relacionadas à isenção do IPI.
O segmento de frigoríficos também foi afetado negativamente,com a BRF (BRFS3) e a Marfrig (MRFG3) registrando quedas após o adiamento da assembleia que discutiria a fusão entre as empresas.
Dados Econômicos e Expectativas para a Próxima Semana
O setor de serviços brasileiro apresentou crescimento pelo quarto mês consecutivo em maio, com alta de 0,1%, indicando uma atividade econômica ainda sólida, embora com sinais de desaceleração gradual. Economistas projetam que os serviços voltados ao consumo doméstico continuarão em expansão, enquanto os ligados ao setor empresarial podem enfraquecer no segundo semestre.
Na próxima semana, o mercado acompanhará indicadores importantes nos Estados Unidos, como os índices de inflação ao consumidor e ao produtor, além da produção industrial e dados do varejo, que poderão influenciar o humor dos investidores e a direção dos mercados globais.
Resumo dos Movimentos do Mercado e Ações em Destaque
O Ibovespa encerrou a sexta-feira com baixa de 0,41%,aos 136.187 pontos, acumulando queda semanal de 3,59%. O volume financeiro do dia atingiu R$ 20,2 bilhões. Entre as ações, ITUB4 foi a mais negociada, apesar da queda, enquanto RECV3 liderou as altas do dia com valorização de 3,51%. No segmento de small caps, AALR3 destacou-se com alta semanal de 24,23%.
O dólar comercial fechou praticamente estável, com leve alta de 0,10%, cotado a R$ 5,548, após oscilar durante o dia. O índice de volatilidade da bolsa brasileira (VXBR) apresentou variações moderadas, refletindo o cenário de incertezas.
Brasil: Ibovespa Fecha Semana em Queda e Mercado Reage a Tarifas dos EUA
Ibovespa Registra Queda Contínua e Semana de Perdas Expressivas
O principal índice da bolsa brasileira, o Ibovespa, encerrou a sexta-feira com baixa de 0,41%, atingindo 136.187,31 pontos, o que representa uma queda de 555,95 pontos no dia. Essa foi a quinta sessão consecutiva de baixa, configurando a primeira semana inteiramente negativa desde maio de 2024. No acumulado da semana, o índice recuou 3,59%, a maior perda semanal desde dezembro de 2022, quando o Ibovespa caiu 4,34% em cinco pregões.
Apesar da mínima do dia ter chegado a 135.528 pontos, o mercado conseguiu amenizar o pessimismo no fechamento. O dólar comercial também apresentou leve alta de 0,10%, cotado a R$ 5,548, após oscilar mais de 0,8% durante o dia. Os juros futuros (DIs) fecharam a sessão com variações mistas, refletindo a incerteza do cenário.
Impacto das Tarifas dos EUA: Nova Taxação sobre o Canadá e Ameaças ao Brasil
O mercado brasileiro sofreu mais um impacto negativo com a escalada da guerra comercial promovida pelo governo dos Estados Unidos.Além da ameaça de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, o presidente Donald Trump anunciou a imposição de uma tarifa de 35% sobre importações canadenses a partir de 1º de agosto, citando preocupações com o tráfico de fentanil. essa medida surpreendeu o mercado global, que reagiu com queda nas bolsas americanas e europeias, refletindo o temor sobre a continuidade das tensões comerciais.
O presidente Lula declarou que irá contestar a taxação de 50% contra o Brasil, qualificando Trump como “mal informado”. O governo brasileiro pretende buscar soluções diplomáticas, incluindo negociações na Organização Mundial do Comércio (OMC) e articulações no grupo dos BRICS, antes de adotar medidas de reciprocidade. A China também manifestou solidariedade ao Brasil, criticando a coerção americana.
Por sua vez, Trump afirmou que conversará com Lula “em algum momento, mas não agora”, mantendo uma postura ambígua que mantém o mercado em alerta.
Perspectivas Econômicas e Reação dos Setores no Mercado Brasileiro
O Ministério da Fazenda prevê que o impacto das tarifas americanas será limitado em 2025, com expectativa de dólar mais fraco e crescimento econômico revisado para 2,5% neste ano, indicando apenas uma desaceleração leve para 2026. No entanto, alertas permanecem quanto aos efeitos negativos sobre inflação e câmbio.
O setor de serviços brasileiro apresentou crescimento pelo quarto mês consecutivo em maio, com alta de 0,1%, embora economistas apontem para uma desaceleração gradual da atividade, especialmente nos segmentos ligados às empresas, enquanto os serviços voltados ao consumo doméstico devem manter expansão moderada.
Commodities Sustentam o Ibovespa, Enquanto Bancos e Varejo Sofrem
Apesar do cenário adverso, empresas ligadas a commodities resistiram às quedas. A Vale (VALE3) subiu 1,30%, fechando a semana com ganhos superiores a 1%. petrobras (PETR4) também avançou 1,21%, impulsionada pela alta do petróleo no mercado internacional, e a PRIO (PRIO3) teve valorização de 2,20%. A Ambev (ABEV3) registrou leve alta de 0,53%, com expectativas de crescimento moderado nos lucros do segundo trimestre de 2025.
Por outro lado, o setor financeiro e o varejo enfrentaram fortes perdas. Itaú Unibanco (ITUB4) caiu 0,82%, seguido pelo Banco do Brasil (BBAS3) com baixa de 0,33%, e a B3 (B3SA3) recuou 2,42%. No varejo, Lojas Renner (LREN3) e Magazine luiza (MGLU3) tiveram quedas de 2,40% e 3,60%, respectivamente. As locadoras de veículos Movida (MOVI3) e Localiza (RENT3) despencaram 9,26% e 4,16%, mesmo com a isenção do IPI, que ainda gera dúvidas sobre seu impacto nos preços.
O setor de frigoríficos foi duramente afetado após a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) adiar novamente a assembleia que votaria a fusão entre BRF (BRFS3) e Marfrig (MRFG3), resultando em quedas de 4,35% e 4,17% para as ações, respectivamente.
Agenda Econômica e Expectativas para a Próxima Semana
os investidores aguardam dados importantes nos Estados Unidos, que podem influenciar o mercado global e brasileiro.Na terça-feira, serão divulgados os índices de inflação ao consumidor, seguidos na quarta-feira pelos dados de inflação ao produtor e produção industrial. Na quinta-feira, o foco será nos números do varejo americano. Esses indicadores serão cruciais para avaliar os efeitos das tarifas e a saúde da economia global.
Enquanto isso, o Ibovespa e outros mercados permanecem em alerta, enfrentando um cenário de incertezas e volatilidade, com a luta por estabilidade e crescimento econômico ainda em curso.