Brasil Enfrenta Risco na Exportação de 77 Mil Toneladas de Frutas devido a Nova Tarifa dos EUA
O Brasil está diante de um desafio significativo nas exportações agrícolas, após os Estados Unidos anunciarem uma tarifa de 50% sobre frutas brasileiras. Essa medida, que entrará em vigor a partir do dia 1º de agosto, coloca em risco cerca de 77 mil toneladas destinadas ao mercado norte-americano, impactando diretamente setores estratégicos como o da manga, uma das principais frutas exportadas pelo país.
Consequências para as Culturas do Vale do São francisco
A nova tributação afeta aproximadamente 36,8 mil toneladas apenas da manga e cerca de 18,8 mil toneladas entre frutas processadas como o açaí e outras variedades como uva. Segundo estimativas recentes da Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas),esse volume seria suficiente para suprir durante um ano as demandas combinadas das cidades brasileiras Salvador,Manaus e Recife.
A região do Vale do São francisco – principal centro produtor nacional da manga – é especialmente vulnerável à sobretaxa americana. Produtores locais destacam que o período crítico coincide com a janela ideal para exportação desses frutos. Tal situação pode gerar perdas financeiras expressivas, redução nos investimentos no setor agrícola e até demissões em toda a cadeia produtiva.
Setor Sucroalcooleiro Também Sofre Com Aumento Exorbitante nas Tarifas
Além das frutas frescas e processadas, o segmento brasileiro produtor de sucos enfrenta severas dificuldades devido à elevação tarifária imposta pelos EUA. A exportação do suco concentrado de laranja movimentou mais de US$ 1,3 bilhão na safra 2024/2025; entretanto, com tarifas superiores a 500%, torna-se inviável manter as vendas no segundo maior mercado consumidor mundial desse produto.
esforços Diplomáticos Visam suspender Temporariamente as Novas Tarifas
Diante deste cenário preocupante para o agronegócio brasileiro focado na fruticultura e processamento industrial, o governo federal iniciou negociações diplomáticas buscando adiar por pelo menos três meses a aplicação dessa sobretaxa. O objetivo principal é mitigar prejuízos imediatos enquanto alternativas comerciais são estudadas para preservar os mercados internacionais tradicionais.