Ex-Primeira-Dama da Coreia do Sul e Escândalo Cripto: Corrupção, Fraude e Poder em Jogo

Coreia do Sul: Ex-primeira-dama Kim Keon-hee sob investigação por suposta manipulação no mercado de criptomoedas

A Coreia do Sul está no centro de uma investigação que envolve a ex-primeira-dama Kim Keon-hee, suspeita de ligação com um operador acusado de manipular preços de altcoins pouco valorizadas. As autoridades locais intensificam os esforços para desvendar possíveis conexões entre figuras políticas e fraudes no setor cripto.

Avanços na apuração contra o operador conhecido como Park e possíveis vínculos políticos

De acordo com fontes próximas ao caso, a equipe responsável pela investigação solicitou acesso aos documentos relacionados a Park, um influente market maker também conhecido pelo apelido Jon Bur Kim. Aos 44 anos, ele é alvo das acusações por envolvimento em esquemas fraudulentos envolvendo moedas digitais falsas.

“A análise dos registros não descarta o envolvimento direto ou indireto da senhora Kim ou pessoas próximas em crimes relacionados às chamadas ‘scam coins'”, revelou uma fonte ligada à apuração.

Kim Keon-hee enfrenta ainda acusações que abrangem corrupção e abuso de poder durante o governo do ex-presidente Yoon Seok-yeol, destituído após tentar instaurar estado de emergência em dezembro de 2024.

Kim Keon-hee ao lado da ex-primeira-dama dos EUA Jill Biden em evento realizado em 2023.

Operações policiais recentes incluem buscas e interrogatórios ligados à rede investigada

No mês passado, Lee Jong-ho – aliado próximo da ex-primeira-dama e antigo executivo da Blackpearl invest – teve sua casa e carro revistados pelas autoridades. Ele é suspeito de ter recebido suborno estimado em US$ 58 mil oriundo do setor automotivo para influenciar decisões judiciais favoráveis a um empresário acusado por manipulação fraudulenta no mercado financeiro.

As investigações indicam que Lee pode ter solicitado auxílio diretamente à Kim para pressionar membros do judiciário visando garantir sentenças brandas aos envolvidos. Além disso, há indícios do uso irregular das contas bancárias vinculadas à ex-primeira-dama para movimentação financeira relacionada às operações ilícitas.

Caso Park: Prisão preventiva e apreensão milionária reforçam combate às fraudes cripto

Park foi detido junto com Moon, CEO ligado a uma empresa desenvolvedora de software. Ambos são acusados pelo Ministério Público sul-coreano por desvio estimado em centenas bilhões de won através da emissão fraudulenta da criptomoeda Atube em 2021.

Coleção luxuosa dos supercarros apreendidos pertencentes a Park antes das ações policiais recentes.

Série contínua contra moedas digitais fraudulentas abala confiança no setor cripto local

Padrões semelhantes foram identificados na criação da moeda digital Podo – onde os investigadores estimam prejuízos superiores a 80 bilhões won ocorridos também naquele ano. Em dezembro (18/12/2023), Park tentou fugir clandestinamente para China via marítima; contudo seu plano foi frustrado devido às condições climáticas adversas que levaram à intervenção imediata pela Guarda Costeira sul-coreana – resultando na captura dele escondido ilegalmente na embarcação após saída inicial do porto.

“Ex-presidente Yoon Suk Yeol evita depoimento sobre declaração controversa do estado marcial” – Reuters (01/07/2025)

Analisando suas redes sociais antes das prisões oficiais, Park ostentava publicamente riqueza acumulada incluindo veículos importados exclusivos além dos bens imobiliários avaliados em centenas bilhões won tanto dentro quanto fora do país – todos esses ativos foram confiscados pelas autoridades como parte das medidas cautelares adotadas durante as apurações criminais vigentes até hoje.

A equipe especial responsável pela investigação mantém sigilo sobre os desdobramentos recentes deste complexo caso envolvendo importantes figuras políticas ligadas ao cenário financeiro digital sul-coreano.