Estados Unidos: Tensão entre JPMorgan e Gemini após críticas públicas de Tyler Winklevoss
Nos Estados Unidos, o cofundador da exchange de criptomoedas Gemini, Tyler Winklevoss, revelou que o banco jpmorgan Chase suspendeu temporariamente o processo de integração da plataforma. A medida teria sido uma reação direta às críticas feitas por ele contra a nova política do banco referente ao acesso a dados financeiros.
Aspectos Centrais do Conflito
- Tyler Winklevoss afirma que o JPMorgan interrompeu a retomada da parceria com a Gemini após suas declarações públicas.
- Ele acusa o banco de adotar práticas anticompetitivas que dificultam o acesso dos consumidores ao mercado cripto por meio de aplicativos terceiros.
- A disputa ocorre em um momento crucial, enquanto a Gemini se prepara para realizar sua oferta pública inicial (IPO).
Causas e Impactos da Suspensão na Relação Bancária
No último fim de semana, através da rede social X, Winklevoss comunicou que o JPMorgan decidiu pausar a reintegração da Gemini como cliente. Esse processo havia sido iniciado pelo banco após ter encerrado anteriormente sua relação com a exchange durante uma operação interna apelidada por ele como “Operation ChokePoint 2.0”.
A controvérsia ganhou força depois que reportagens revelaram os planos do JPMorgan para começar a cobrar fintechs pelo acesso aos dados bancários dos clientes – uma medida vista como barreira para empresas inovadoras no setor financeiro.
Winklevoss classificou essa postura como um movimento anticompetitivo capaz de prejudicar companhias facilitadoras do mercado cripto. Ele também denunciou esforços do banco para restringir aos consumidores o direito de compartilhar seus próprios dados financeiros com serviços terceirizados semelhantes à plataforma Plaid.
“Continuaremos expondo esse comportamento antiético e predatório que visa sufocar fintechs e empresas cripto. Nossa luta pela justiça seguirá firme!” – Tyler Winklevoss
A relação entre Gemini e JPMorgan tem sido marcada por tensões nos últimos anos. Em 2023 surgiram rumores indicando que o banco teria solicitado à exchange buscar outras instituições financeiras devido à baixa rentabilidade dessa parceria – informação posteriormente negada pela própria gemini.
Cenário Político-Financeiro Envolvendo os Irmãos winklevoss
Os irmãos Winklevoss são conhecidos por seu alinhamento político conservador junto ao ex-presidente Donald Trump, tendo inclusive contribuído financeiramente para sua campanha presidencial em 2024 – valores esses devolvidos recentemente devido aos limites legais das contribuições federais nos EUA.
Nesse contexto regulatório delicado sobre criptomoedas nos Estados Unidos, essa nova divergência com um gigante bancário acontece justamente quando a Gemini protocolou sigilosamente seu pedido inicial para oferta pública na SEC (Comissão de Valores Mobiliários dos EUA). Até agora não foram divulgados detalhes sobre preço ou volume das ações ofertadas.
Lançada em 2014, a exchange captou US$400 milhões numa rodada em novembro de 2021 e alcançou avaliação estimada em US$7,1 bilhões – demonstrando seu peso crescente no ecossistema global das criptomoedas.
$500 mil Clubes privados Reúnem Elites Cripto E Políticas Em Washington D.C.
No cenário político-financeiro norte-americano destaca-se também um clube privado chamado Executive Branch localizado em Georgetown (Washington D.C.), fundado pelos irmãos Winklevoss junto com Donald Trump Jr. e David Sacks. A adesão custa cerca de US$500 mil anuais – valor superior até mesmo aos clubes mais exclusivos dos Estados Unidos como Aman Club.
A iniciativa busca criar um espaço exclusivo onde líderes conservadores ligados ao universo cripto possam estreitar relações diretas com reguladores governamentais e legisladores americanos.
A seletividade é rigorosa exigindo indicações formais além checagem detalhada dos candidatos.
Mesmo ofertas milionárias já foram recusadas na fase inicial pré-abertura oficial prevista ainda este ano.