Aneel questiona parâmetro crucial em leilão bilionário para resolver passivo de energia no Brasil

Brasil:⁣ Modernização do Sistema de Transmissão com o Projeto Riacho Grande

Investimento Estratégico para a Região Metropolitana⁣ de São ‌Paulo

O estado de ⁣São Paulo está recebendo um importante reforço em sua infraestrutura elétrica por meio ​do Projeto Riacho Grande, que⁢ visa ampliar ‌a capacidade e a confiabilidade do sistema ‌energético na região⁢ do ​ABC Paulista. ⁤com ⁣um investimento estimado em R$ 1,1 bilhão, o empreendimento contempla a instalação de 44,6 km de linhas subterrâneas de transmissão‌ em alta tensão (345 ⁤kV), distribuídas em dois circuitos distintos.

Além disso, serão construídos 9‌ km adicionais‍ de linhas ​aéreas também operando na tensão de 345 kV. O projeto‌ inclui ainda três subestações: duas delas passarão por ‍ampliações – ⁢Miguel Reale e Sul – enquanto uma nova subestação compacta ⁤será ⁤instalada⁣ em ⁢São Caetano do Sul. Esta ​última ⁤terá capacidade⁤ para até 800 MVA, sendo‍ especialmente projetada para ⁣ambientes⁢ urbanos densos.

A previsão é que toda essa estrutura esteja concluída até março de 2026, conforme os prazos estabelecidos pela ‍Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) durante o Leilão nº ​01/20. A iniciativa deverá gerar aproximadamente 2.200 empregos diretos na região durante sua execução.

Tecnologia e segurança ⁢Energética: Um Novo Marco para a Grande São Paulo

A configuração adotada pelo projeto prevê uma interligação das subestações​ formando um “anel” elétrico que assegura redundância no fornecimento e maior​ estabilidade operacional ao sistema local. Essa topologia permite que eventuais falhas ou manutenções não comprometam ‌o⁣ abastecimento da população‌ nem das indústrias ⁤da região metropolitana.

Com essa modernização, espera-se reduzir riscos associados à interrupção energética ⁢e‌ aumentar​ significativamente a ⁢disponibilidade dos serviços elétricos essenciais para milhões de⁤ habitantes⁤ da capital paulista e‍ municípios ‌vizinhos.

Este avanço tecnológico representa um passo ‍decisivo rumo à integração eficiente dos sistemas elétricos urbanos brasileiros com foco na sustentabilidade e resiliência frente às demandas‍ crescentes por energia limpa e confiável.

Divergências Regulamentares Impactam Leilão Relacionado ao Setor Hidrelétrico

No âmbito⁤ regulatório nacional, recentes debates envolvendo diretores da ​Aneel trouxeram à tona ​incertezas ⁣sobre parâmetros financeiros fundamentais para leilões futuros vinculados ao mercado hidrelétrico brasileiro. Em ⁤especial, questionamentos ​foram levantados acerca da taxa média ponderada⁣ do⁣ custo capital (WACC) aplicável aos cálculos das extensões contratuais das usinas‍ vencedoras nos certames previstos para esta semana.

A divergência⁣ gira entre duas taxas possíveis: uma fixada em 9,63%, alinhada com práticas anteriores; outra estipulada em portaria governamental específica fixando-a em ‍10,94%. Essa indefinição pode ⁢influenciar diretamente os benefícios​ econômicos ​concedidos aos empreendedores⁤ hidrelétricos⁣ interessados nos títulos referentes ao risco hidrológico (GSF),cujo passivo atual soma cerca de R$1 bilhão no mercado⁣ brasileiro.

Diante desse cenário complexo, houve sugestão‍ interna pela suspensão‌ temporária do ​leilão marcado para sexta-feira ⁤visando garantir maior ⁣segurança jurídica aos ⁤participantes envolvidos – principalmente pequenas centrais hidrelétricas afetadas ⁢por litígios antigos – além dos grandes grupos como Auren Energia,​ Cemig e Engie que buscam estender suas concessões por até sete ⁣anos mediante aquisição desses títulos.

A Aneel permanece atuante como órgão regulador responsável pelo ‍cálculo final dessas extensões contratuais após conclusão dos processos‍ conduzidos​ pela‍ Câmara Comercializadora de Energia Elétrica (CCEE).