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Banco Central prepara leilão de US$1 bilhão para estabilizar o mercado na próxima terça-feira
Brasil: Banco Central promove leilão de US$1 bilhão para rolagem de vencimento cambial
Operação visa garantir estabilidade diante de medidas tarifárias dos EUA
O Banco Central do Brasil comunicou na noite de sexta-feira, 11 de julho, a realização de um leilão de linha no valor de US$1 bilhão, programado para a próxima terça-feira, 15 de julho. Essa operação consiste na venda de dólares com compromisso de recompra, tendo como finalidade principal a renovação do vencimento previsto para 4 de agosto.
O leilão ocorrerá em um curto intervalo, das 10h30 às 10h35, utilizando como referência a taxa de câmbio divulgada no boletim Ptax das 10 horas do dia da operação.A liquidação da venda está marcada para 4 de agosto,enquanto a recompra será efetuada em 4 de novembro de 2022.
Contexto e impacto no mercado cambial
Nos últimos meses, o Banco Central tem adotado leilões de linha para administrar os vencimentos mensais de contratos cambiais, como ocorreu em 16 de junho, quando US$1 bilhão foram vendidos para rolar o vencimento de 2 de julho. A novidade desta operação é que ela está alinhada com o início da aplicação, pelos Estados Unidos, de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, que começa a vigorar em 1º de agosto.
Essa medida tarifária gerou instabilidade no mercado cambial nacional, refletida na valorização do dólar frente ao real. Na última sexta-feira, a moeda americana encerrou a semana com alta acumulada de 2,28%, evidenciando a volatilidade causada pela nova política comercial dos EUA.
Estratégias do Banco Central para conter a volatilidade
O leilão de linha é uma ferramenta utilizada pelo Banco Central para mitigar oscilações abruptas no câmbio,oferecendo liquidez temporária ao mercado. essa prática ajuda a suavizar os efeitos de choques externos, como tarifas comerciais, que podem impactar a economia brasileira.
Além disso, o uso da taxa Ptax como referência para a operação reforça a transparência e a previsibilidade do processo, elementos essenciais para a confiança dos agentes econômicos.