Estados Unidos: Bitzero capta US$ 25 milhões para ampliar mineração de criptomoedas com foco em sustentabilidade
A empresa norte-americana Bitzero, apoiada pelo investidor e personalidade televisiva Kevin O’Leary, anunciou a captação de um aporte financeiro no valor de US$ 25 milhões. O objetivo é acelerar o crescimento da sua infraestrutura dedicada à mineração de criptomoedas, utilizando equipamentos energeticamente eficientes.
Investimento estratégico em tecnologia avançada para mineração limpa
Com os recursos obtidos, a Bitzero planeja adquirir cerca de 2.900 mineradores do modelo Bitmain S21 Pro – dispositivos reconhecidos por seu alto desempenho aliado ao baixo consumo energético, operando com eficiência estimada em apenas 15 joules por terahash. A implantação desses equipamentos está prevista para ocorrer entre quatro e seis meses após o investimento.
Essa expansão deve gerar uma receita adicional anual aproximada de US$ 10 milhões, reforçando a posição da empresa como protagonista na adoção de práticas sustentáveis dentro do setor cripto.
Bitzero fortalece compromisso ambiental e social na Europa
A companhia mantém um centro operacional localizado em Namsskogan, Noruega, que funciona exclusivamente com energia hidrelétrica renovável. Essa iniciativa integra uma estratégia mais ampla que busca equilibrar rentabilidade financeira com responsabilidade ambiental e engajamento comunitário.
“Nosso propósito sempre foi demonstrar que a infraestrutura blockchain pode prosperar respeitando investidores, comunidades locais e o meio ambiente”, declarou Mohammed Bakhashwain, presidente e CEO da Bitzero.
Cenário global: influência chinesa ainda domina mineração mundial
Apesar das restrições impostas pela China desde 2021 ao setor minerador local, estima-se que entre 55% e 65% das operações globais estejam vinculadas direta ou indiretamente a capital chinês ou expertise técnica oriunda do país asiático. Segundo Batyr Hydyrov, CEO da Uminers, fabricantes chineses como Bitmain continuam liderando o mercado mundial ao produzir quase toda a tecnologia utilizada na mineração Bitcoin.
Muitas dessas empresas transferiram suas linhas produtivas para os estados Unidos visando evitar tarifas comerciais. Essa movimentação contribuiu para elevar significativamente a participação americana no hashrate global – passando dos modestos 4% registrados em 2019 para cerca de 38% atualmente.
Destaques recentes no universo da mineração solo Bitcoin
No início deste mês foi registrado um feito notável: um minerador solo conseguiu validar integralmente um bloco Bitcoin (número 903883), recebendo recompensas próximas a US$ 350 mil. A operação utilizou uma capacidade computacional equivalente a aproximadamente 2.3 petahashes por segundo (PH/s) através do pool CKpool.