Brasil: Dólar Registra queda com Atenção Redobrada às Tarifas comerciais dos EUA
No Brasil, o dólar norte-americano encerrou a última segunda-feira em baixa, refletindo uma tendência global de desvalorização da moeda. Apesar dessa queda, o mercado financeiro permanece atento aos possíveis efeitos das tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos e à possibilidade de novas medidas específicas direcionadas ao país.
Panorama Atual do Dólar no Mercado Brasileiro
A cotação do dólar à vista apresentou retração de 0,40%, fechando em R$ 5,5651. No acumulado deste ano, a moeda americana já recuou cerca de 10%, totalizando uma queda próxima a 9,94%. Na Bolsa de Valores brasileira (B3), o contrato futuro para agosto – atualmente o mais negociado – registrava baixa de 0,25%, sendo cotado a R$ 5,5790 por volta das 17h03.
Cotações Comerciais e Turismo
- Dólar Comercial: Compra e venda fixadas em R$ 5,565;
- Dólar Turismo: Compra a R$ 5,628 e venda a R$ 5,808.
Principais Motivos para as Oscilações Recentes do Dólar
A moeda americana iniciou o dia com valorização mas reverteu seu movimento durante as negociações. Entre os fatores que influenciaram essa oscilação estão o aumento contínuo nos preços do minério de ferro – um dos principais produtos exportados pelo Brasil – além da desvalorização global do dólar frente a outras moedas.Ademais, declarações recentes do ministro da Fazenda brasileiro também impactaram as expectativas dos investidores.
No cenário interno brasileiro, dados recentes indicam uma melhora nas projeções inflacionárias. Conforme divulgado pela pesquisa Focus do Banco Central do Brasil,a mediana estimada para o IPCA em 2026 caiu ligeiramente de 4,50% para 4,45%. Este é o primeiro recuo abaixo do teto oficial desde março deste ano e sinaliza expectativas sobre um ritmo econômico mais moderado aliado aos efeitos potenciais das tarifas americanas sobre os preços domésticos.
Posicionamento Oficial Frente às Tarifas Comerciais dos Estados Unidos
Em entrevista concedida à Rádio CBN na segunda-feira (12), Fernando Haddad ressaltou que o governo brasileiro possui estratégias definidas para enfrentar as ameaças tarifárias vindas dos EUA. Ele destacou que não há intenção retaliativa por parte do Brasil; ao contrário disso busca-se evitar medidas que possam agravar ainda mais os impactos econômicos locais. “Algumas ações são ineficazes e podem causar danos maiores ao nosso país”, afirmou Haddad.
Destaques Econômicos Internacionais Relacionados às Tarifas
No âmbito corporativo internacional afetado pelas tarifas comerciais americanas:
- A Verizon divulgou lucro líquido trimestral de US$ 5,1 bilhões no segundo trimestre de 2025 – representando um crescimento anualizado próximo a +9%. O lucro ajustado por ação superou as previsões chegando a US$ 1,22 contra expectativa inicial de US$ 1,19;
- A montadora europeia Stellantis – conglomerado responsável por marcas como Fiat e Jeep – enfrentou prejuízo líquido acumulado superior a €2 bilhões entre janeiro e junho devido aos impactos negativos das tarifas impostas pelos EUA;
Perspectivas Diplomáticas nas Negociações Bilaterais com os EUA
No campo diplomático-comercial americano,o secretário do Tesouro Scott Bessent destacou avanços nas negociações bilaterais porém frisou que priorizará acordos sólidos em detrimento da pressa na conclusão: “Não vamos acelerar sem garantir qualidade nos entendimentos”, declarou recentemente.