Brasil em Transformação: Retomada do Rodoanel Norte e Lucro Recorde de R$ 897 Mi da Motiva Impulsionam Nova Era na Infraestrutura

Brasil: Motiva registra lucro de R$ 897 milhões no segundo trimestre impulsionada pela concessão da BR-163

A Motiva Infraestrutura de Mobilidade, uma das principais empresas brasileiras do setor de infraestrutura, divulgou um lucro líquido expressivo de R$ 897,24 milhões no segundo trimestre de 2025. Esse resultado representa um aumento substancial em relação aos R$ 267,92 milhões registrados no mesmo período do ano anterior, impulsionado principalmente pela renegociação contratual da concessão da rodovia BR-163, localizada em Mato Grosso do Sul.

Repercussões financeiras e operacionais da renegociação contratual

A revisão dos termos contratuais relacionados à BR-163 gerou para a Motiva um ativo fiscal diferido que contribuiu positivamente com aproximadamente R$ 480 milhões ao resultado financeiro do trimestre. Além disso, a empresa ressaltou o encerramento das operações das barcas no Rio de Janeiro como fator que eliminou prejuízos anteriores e o início da cobrança em cinco praças de pedágio sob gestão da concessionária PRVias desde junho.

Resultados ajustados e indicadores operacionais

Ao desconsiderar os efeitos não recorrentes previstos para os anos de 2024 e 2025, o lucro líquido ajustado atingiu R$ 398 milhões – uma leve queda anualizada de 3,2%. Este valor superou as projeções médias do mercado financeiro que estimavam cerca de R$ 363,8 milhões.O Ebitda ajustado alcançou R$ 2,09 bilhões neste período, representando crescimento anualizado de 4,2% e elevação na margem operacional para quase 59%, reflexo direto dos esforços contínuos na otimização operacional e reestruturação estratégica do portfólio.

Crescimento nas receitas consolidadas e movimentação nos modais

A receita líquida consolidada ajustada apresentou aumento moderado frente ao ano anterior (+2,2%), totalizando R$3,56 bilhões entre abril e junho. Esse avanço foi sustentado pelo desempenho positivo nos segmentos rodoviário – com incremento na circulação veicular excluindo novas concessões – aeroportuário – onde houve crescimento superior a 10% no número total passageiros – além dos serviços ferroviários que mantiveram estabilidade após ajustes relacionados à operação das barcas.

Destaques por segmento:

  • Rodovias: Circulação aproximada a mais de 237 milhões veículos considerando ativos tradicionais;
  • Aeroportos: passageiros transportados ultrapassaram a marca dos dez milhões;
  • Sistemas ferroviários: Transporte manteve-se estável com leve crescimento percentual quando desconsideradas operações extintas.

Evolução financeira: despesas operacionais e endividamento

No primeiro semestre deste exercício fiscal houve redução na relação entre despesas operacionais (Opex) sobre receita líquida ajustada para cerca de 38%, antecipando o cumprimento dessa meta estratégica inicialmente prevista apenas para o próximo ano.Quanto ao endividamento líquido ajustado encerrou junho com índice próximo a três vezes e meia sua geração operacional (alavancagem), refletindo investimentos recentes vinculados às novas concessões PRVias (São Paulo) e Sorocabana.

A expectativa é promover uma diminuição gradual desse indicador conforme as receitas dessas concessões se consolidem nos próximos meses.

Pauta robusta em investimentos durante o trimestre

No segundo trimestre foram aplicados recursos superiores a R$1,78 bilhão – representando aumento acima dos nove por cento comparado ao mesmo intervalo anterior -, destacando obras importantes como duplicação da BR-101 via ViaSul; avanços estruturais na Serra das Araras; manutenção contínua nas rodovias AutoBAn; além das reformas integradas nas estações ferroviárias paulistas das Linhas Diamante (8) e Esmeralda (9).