Investimentos e ‍Estratégias do Novo​ Banco de Desenvolvimento no brasil

A ​ex-presidente Dilma Rousseff, ⁤atualmente à ​frente do Novo Banco⁢ de Desenvolvimento (NBD), conhecido como o ‍banco dos ⁣Brics, revelou⁢ que desde‌ sua fundação em 2016‍ a‍ instituição aprovou 29 ​projetos de investimento no Brasil, somando aproximadamente US$ 7 bilhões. Deste valor, cerca de US$⁣ 4‌ bilhões já foram efetivamente liberados para execução.

Desde sua criação, ‍o NBD já financiou um total‌ de 122 iniciativas ⁢globais com aporte superior a US$⁤ 40 bilhões.⁣ Desse⁣ montante total⁢ desembolsado até o momento, ultrapassando os US$ 22 bilhões, os projetos brasileiros ⁢representam⁤ uma fatia significativa⁢ – equivalente a 17,5% dos investimentos totais ‍da instituição – percentual que é​ considerado⁣ robusto ⁢pela diretoria​ do banco.

foco ⁣em ​Áreas Estratégicas⁤ para o Desenvolvimento

Dilma‍ destacou que os recursos têm sido direcionados prioritariamente‌ para ⁣setores essenciais como infraestrutura física⁤ e ⁤logística avançada, ⁢além da transição energética⁤ sustentável ⁣e inovações ​em inteligência⁣ artificial. Esses‌ segmentos são considerados cruciais para impulsionar a competitividade econômica e​ promover⁣ uma transição tecnológica eficaz dentro do⁤ país.

Reunião Anual e Objetivos Financeiros do NBD

A líder afirmou ​essas informações durante entrevista concedida na ‍décima reunião anual do⁢ NBD ⁣realizada no Rio⁢ de Janeiro. Simultaneamente ao encontro financeiro deste banco multilateral dos ‍Brics ocorria também uma conferência sobre políticas econômicas do ‍grupo. Segundo Dilma,um​ objetivo central ⁣da instituição é fortalecer as operações financeiras por​ meio da⁣ ampliação dos financiamentos utilizando moedas locais dos países membros.

“É imprescindível organizar uma estrutura financeira capaz de consolidar empréstimos soberanos e privados sob condições minimamente arriscadas,” afirmou Rousseff ao explicar a estratégia voltada à redução das oscilações ​nas⁤ taxas cambiais e juros locais.

A ex-presidente acrescentou ainda que essa ⁣redução ​nos riscos está diretamente ligada à adoção ‍crescente das moedas nacionais nas operações internas ao bloco econômico:​ “Buscamos minimizar ⁣riscos ao setor privado promovendo ‌o uso dessas moedas locais sem⁣ impor condições ‍financeiras elevadas aos investidores.”

Dolarização Global: Perspectivas Atuais

No⁢ entanto, Dilma relativizou qualquer ideia sobre desdolarização mundial completa.Para ela, embora haja expansão na utilização das moedas‍ nacionais entre os países integrantes no ‍comércio bilateral – ⁤estimulando maior autonomia -⁢ o dólar‍ permanece consolidado como principal reserva financeira global devido à sua liquidez comprovada.

Evolução Política da Moeda nos Brics

O​ presidente brasileiro Luiz ‌Inácio Lula da Silva ⁤tem ‍sido entusiasta‍ na⁣ defesa por encontrar alternativas monetárias às dependências ⁣tradicionais vis-à-vis ⁤dólar americano entre os membros‍ dos Brics. em discurso realizado na sexta-feira anterior durante encontro financeiro do NDB (4.jul), ele ‌reforçou duas​ vezes a necessidade‌ dessa‌ mudança: primeiro propondo ‍maior uso das moedas locais; depois sugerindo promover avanços rumo a uma moeda própria multilateral.

No entanto esse tema ⁣enfrenta resistências internas⁣ significativas dentro do bloco econômico. Adicionalmente há ⁢ameaças‌ externas – em janeiro último ​Donald Trump anunciou intenção⁤ tarifária pesada⁤ contra integrantes caso criassem moeda ⁤conjunta própria -, cenário que complica negociações futuras sobre nova ​arquitetura monetária regional.

Apoio chinesa-Russa⁢ aos Esforços Monetários Locais

Tanto China quanto⁢ Rússia manifestam posicionamento favorável à expansão das transações financeiras usando as moedas nacionais entre ​os países-membros​ como forma inteligente reduzir vulnerabilidades ligadas ao dólar ​americano ⁢- principalmente diante das sanções econômicas ‌impostas à Rússia pelos EUA e Europa ocidental.

Crescimento ‌Institucional: novos Membros Aprovados

Dilma informou ‍ainda que houve aprovação⁣ pelo conselho formado pelos ministros de finanças participantes‍ acerca​ da adesão ‌formal​ da Colômbia ‍e Uzbequistão como novos membros ao quadro⁤ institucional. ​Atualmente limitado aos fundadores – Brasil, China,Rússia , Índia e África do Sul -, além destes cinco associados (Bangladesh,E.A.U., Egito ,Uruguai⁢ e Argélia) -,‌ essa iniciativa‌ faz‌ parte​ integrante ​agenda priorizada nesta ⁢gestão visando ampliar relevância geopolítica-econômica global desse banco multiliteral e fortalecer redes comerciais regionais colaborativas .


  • Iranianos superam impasse diplomático assegurando declaração final durante cúpula;
  • Membros defendem sistemas tributários equitativos‌ enquanto criticam altas tarifárias;
  • Análise aponta potencial‍ papel ⁤central dos Brics numa nova era chamada “reglobalização”;
  • Novo Banco movido pelo objetivo estratégico ampliar captação via moedas nativas;
  • Dilma reafirma premonição crítica feita originalmente‌ em comentário metafórico sobre instabilidade;
  • Lula clama governança internacional coordenada regulamentar⁤ questões emergentes relacionadas à IA;
  • Acordo comercial com Vietnã sinaliza novos caminhos⁢ via ‌parceria vinculada empresa Friboi;
  • Análise econômica ressalta posição ‍brasileira – terceiro PIB dentre blocos porém‍ apenas fatia modesta nas contribuições gerais ;
>