O Brasil está se preparando para receber, nos dias 6 e 7 de julho, a 17ª Cúpula do Brics, que será realizada no Museu de Arte Moderna (MAM), no Rio de Janeiro. Mas afinal, o que exatamente representa essa sigla frequentemente confundida com um bloco econômico? A seguir, apresentamos uma visão detalhada sobre esse conjunto de países em constante crescimento.
Brics: Uma Potência Global em Transformação
O acrônimo Brics identifica um grupo formado pelos países emergentes Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Conforme dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), essas nações correspondem atualmente a cerca de 40% do Produto Interno Bruto mundial quando considerados pela paridade do poder aquisitivo. Inicialmente concentrado nos quatro primeiros membros – o chamado BRIC - o grupo passou a incluir a África do Sul em 2011 e expandiu sua composição para alcançar agora onze países integrantes.
Origem e Criação da Sigla Brics
A difusão da expressão “Brics” remete ao início dos anos 2000 e é creditada ao economista britânico Jim O’Neill. Em um influente relatório publicado pelo banco Goldman Sachs em 2001, O’Neill destacou o potencial desses quatro países originais como motores econômicos com crescimento superior aos membros tradicionais do G7 durante aquela década. Sua análise previa que “um ambiente favorável para os BRICs” estimularia sua participação crescente no PIB global.
Formação e Cooperação Política
Ao longo dos primeiros anos deste século XXI, o conceito ganhou força não só entre analistas econômicos como também nos meios diplomáticos. Os líderes dessas nações identificaram uma oportunidade única para criar uma plataforma política capaz de influenciar os rumos da governança mundial.Marcos Troyjo, ex-presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) ligado ao grupo, definiu essa iniciativa como uma tentativa pioneira de construir inclusão “de dentro para fora”, diferentemente das abordagens tradicionais impostas externamente.
Embora as diferenças internas sejam numerosas - entre dimensões territoriais gigantescas ou populações expressivas – há consenso quanto à relevância regional significativa desses parceiros.
Avanços Políticos Pós-Crise Financeira
Segundo estudo recente realizado pelo Instituto Brasileiro de Economia Aplicada (IPEA), a formalização política dos Brics ganhou impulso após a crise econômica global ocorrida em 2008. Desde então esses países passaram a reivindicar maior voz nas principais instituições multilaterais internacionais como FMI e Banco Mundial – entes até então dominados pelas potências desenvolvidas ocidentais – refletindo as mudanças na balança econômica atual.
A pauta conjunta foi ampliada além das questões econômicas para abranger inovação tecnológica sustentável, combate às mudanças climáticas extremas conhecidas hoje por seus impactos catastróficos globais; segurança alimentar diante da instabilidade internacional; além dos campos prioritários relacionados à saúde pública robusta; investimento estrutural; segurança regional consolidada; promoção esportiva internacional; educação avançada e intercâmbio cultural aprofundado. Para viabilizar essas ações tem-se organizado encontros anuais mais estruturados chamados cúpulas.
Ampliação Geopolítica: novos Membros no horizonte
A incorporação da África do sul representou um passo estratégico rumo à inclusão continental africana ampliando seu alcance globalmente reconhecido desde a Cúpula realizada na cidade sul-africana Durban em 2023 se definiu formalmente um plano sistemático para expansão seguinte período entre os anos seguintes (2024/2025) foram agregadas seis novas economias-chave: egito – destaque histórico mediterrâneo -, Etiópia com seu papel geoestratégico proeminente no Corno Africano; Indonésia liderando o Sudeste Asiático populacionalmente mais denso; Irã reconhecido pela sua influência energética regional consolidada através dos recursos minerais abundantes ; Arábia Saudita detentora das reservas petrolíferas essenciais ao mercado mundial contemporâneo ; Emirados Árabes Unidos protagonistas dinâmicos inovadores no comércio ultramoderno petrolífero
A Argentina inicialmente admitida acabou desistindo devido às oscilações políticas recentes internas pós-eleição presidencial marcante liderada por javier Milei interrompeu oficialmente esse processo antes mesmo da formalização plena daquela entrada anunciada sob coordenação brasileira cujo lema orientador acima ressaltado prioriza fortalecer colaboração entre os países denominados Sul global visando democracias multilaterais inclusivas sustentáveis voltadas às necessidades globais atuais.”
Desafios Políticos Frente à ampliação do Bloco
No comentário direto sobre esses avanços recentes Marcos Troyjo alertou acerca da diluição relativa da influência original especialmente exercida pelo Brasil dentro desse consórcio ampliado significativamente especialmente desde Durban onde explicou que “o peso político brasileiro recuou aproximadamente metade: entrou possuindo vinte por cento representam posicionamento estratégico saiu reduzido abaixo cinco pontos percentuais altos.” Essa mudança reflete transformações complexas internas relacionadas aos interesses diversos novos entrantes gerando múltiplas negociações concorrentes internas complexificadas.”
Polêmicas Envolvendo estratégias Financeiras Globais
Durante muitos anos focaram esforços internos visando cooperar intensamente defendendo concepção compartilhada denominada nova arquitetura financeira planetária podendo ampliar protagonismo destinado aos Estados emergentes – tema marcado desde pactuação inicial ecaterimburgo-2009 onde enfatizaram necessidade ampliar representação perante ordens antigas dominantes ocidentalizadas rendendo críticas evidentes subsequentes relativas domínio dólar americano tradicional moeda padrão comercial financeiramente predominante mas contestado gradualmente inclusive internamente através discussões abertas expandidas nas reuniões officias acerca uso alternativo moedas nacionais definir padrões comerciais não vinculativos dólar norte-americano consequentemente retirando hegemonia monetária tradicional dominante . Na última Cúpula controladora responsável Kazan-Rússia ano corrente este debate ganhou novo fôlego sendo interpretado documento final incluindo crítica explícita contra sanções unilaterais aplicadas irregularmente especialmente envolvendo conflito Ucrânia desde denuncias atribuídas governo Vladimir Putin num contexto delicadíssimo geopolítico atual.”