Brasil: Minidólar enfrenta instabilidade em meio a cenário volátil nesta quarta-feira (16)
O mercado financeiro brasileiro registrou um pregão com alta liquidez e volatilidade na última terça-feira (15), quando o dólar interrompeu uma sequência de quatro dias consecutivos de valorização, fechando em queda de 0,48%, cotado a R$ 5,5595. Essa movimentação foi influenciada por diversos fatores, incluindo realização de lucros por investidores, dados recentes da inflação nos Estados Unidos e impasses internos relacionados à tributação do IOF entre os poderes Executivo e Legislativo.
Dólar mantém força globalmente apesar da queda local
No âmbito internacional, o dólar continuou forte frente a outras moedas após a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) dos EUA para junho, que apresentou alta moderada de 0,3%, conforme as expectativas do mercado.Contudo,essa informação gerou interpretações divergentes sobre as futuras decisões do Federal Reserve quanto à política monetária e às taxas de juros. Essas incertezas contribuíram para oscilações no câmbio durante o dia.
Cenário doméstico: Real reage ao crescimento chinês mas sofre pressão vendedora
No Brasil, o real iniciou o pregão com leve valorização impulsionada pelo crescimento acima do esperado do PIB chinês – principal parceiro comercial brasileiro - beneficiando moedas ligadas às exportações de commodities.Entretanto, essa reação positiva foi limitada; após o dólar ultrapassar a marca dos R$ 5,60, exportadores e investidores passaram a realizar lucros intensificando a pressão vendedora. Além disso, tensões comerciais globais persistem como fator relevante para os mercados locais.
Análise técnica aponta lateralização com possíveis rompimentos decisivos no minidólar (WDOQ25)
Os contratos futuros do minidólar com vencimento em agosto fecharam em baixa significativa de 0,69%, aos 5.574 pontos. O gráfico intradiário mostra que os preços se mantêm abaixo das médias móveis curtas (9 e 21 períodos), indicando perda momentânea da força compradora.
A definição da próxima tendência dependerá fortemente da superação ou quebra das zonas técnicas críticas:
- Nível chave para alta: Resistência entre 5.586,5 e 5.590 pontos; caso ultrapassada pode abrir caminho até as regiões próximas dos 5.620/5.627 pontos e posteriormente até cerca de 5.638/5.643 pontos;
- Nível chave para baixa: Suporte situado entre 5.568/555 pontos; sua perda pode acelerar vendas visando patamares próximos aos 5.547/539 pontos ou ainda mais baixos na faixa dos 5.526/505 pontos.
No gráfico diário permanece um viés estrutural levemente positivo enquanto os preços estiverem acima das médias móveis mencionadas anteriormente – especialmente considerando que uma queda abaixo dos mínimos projetados para cerca de 5438 pontos poderá sinalizar maior pressão vendedora no médio prazo.
Análise complementar no gráfico horário reforça cenário técnico cauteloso
A visão pelo gráfico horário também revela congestão nos níveis atuais com preço abaixo das médias móveis rápidas (9 e 21 períodos). Para retomar forças altistas será necessário romper resistências situadas entre aproximadamente 5591-5620 pontos;
- Caso isso ocorra há potencial busca pelos níveis seguintes próximos aos intervalos entre (5658-5666), avançando possivelmente até faixas próximas aos valores históricos recentes ((5687-5700)) ;
- Pelo lado oposto se perder suporte crítico próximo ao intervalo ((5567-5554)) poderá acelerar quedas rumo às regiões inferiores indicadas pelos intervalos ((5532-5504)) podendo estender-se até patamares mais baixos próximos aos valores históricos recentes ((5478-5467)).
Dicas essenciais sobre análise técnica aplicada ao minidólar:
- Pontos estratégicos: Entenda como identificar suportes e resistências fundamentais;
- Médias Móveis: Saiba utilizar essas ferramentas para aprimorar suas estratégias operacionais;
- Análise Avançada: Interpretação prática das Bandas de Bollinger aplicadas ao contexto atual;
- Métricas Importantes: Compreenda o Índice Força Relativa (IFR) como indicador neutro neste momento.
Acompanhar esses indicadores é essential diante da conjuntura econômica brasileira marcada pela instabilidade política interna aliada à influência direta dos dados econômicos internacionais – especialmente vindos dos Estados Unidos e China -, principais motores globais que impactam diretamente nas cotações cambiais brasileiras.