Alemanha: Fitch confirma Nota Soberana AAA e Avalia Espaço para Incremento de Despesas
A agência Fitch Ratings reafirmou, na última sexta-feira (11), a classificação de crédito soberano de longo prazo da Alemanha em moeda estrangeira como AAA, mantendo a perspectiva estável. Essa avaliação reflete a combinação de fatores como alta renda per capita, economia diversificada, instituições sólidas e um superávit consistente na conta corrente.
Fundamentos da avaliação Positiva
O histórico de políticas fiscais prudentes e o papel da Alemanha como principal emissor na zona do euro são elementos que reforçam a nota atribuída pela Fitch. esses aspectos garantem à maior economia europeia uma flexibilidade financeira significativa, além de custos de financiamento reduzidos, favorecendo sua estabilidade econômica.
Projeções para Dívida e Gastos Públicos
A Fitch projeta que a dívida pública alemã aumentará de 62,5% do Produto interno Bruto (PIB) em 2024 para 70,4% do PIB em 2029,acompanhando o crescimento dos investimentos,especialmente no setor de defesa,conforme anunciado pelo governo do chanceler Friedrich Merz. Apesar desse avanço, o índice permanece abaixo da média da zona do euro, que é de 87,4% do PIB, embora acima da mediana dos países com rating AAA, que é de 39,4% do PIB.
Perspectivas Econômicas e Riscos
Para 2025,a agência estima um crescimento econômico modesto de 0,1%,impactado por incertezas relacionadas às tarifas comerciais impostas pelos estados Unidos. A expectativa é que o aumento dos gastos públicos impulsione a expansão para uma média anual de 1,1% entre 2026 e 2027. No entanto, desafios estruturais, como os custos elevados de energia e a concorrência crescente da China, exigirão reformas adicionais para sustentar o crescimento potencial no longo prazo.
Contexto Global e Implicações
O principal risco imediato para a Alemanha está ligado a fatores externos, incluindo tensões comerciais e volatilidade nos mercados internacionais. A capacidade do país de manter sua nota AAA dependerá da habilidade em equilibrar o aumento dos gastos com a manutenção da disciplina fiscal e a implementação de políticas que promovam a inovação e a competitividade.