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Ibovespa cai pelo 6º dia seguido, maior sequência negativa em mais de 1 ano e atinge menor nível desde junho
Brasil: Ibovespa Enfrenta Maior Sequência de Quedas em Mais de Um Ano
Índice Bovespa encerra sessão com recuo de 0,65%, pressionado por dados econômicos e tensões comerciais internacionais
No brasil, o principal índice da bolsa paulista, o Ibovespa, acumulou sua sexta sessão consecutiva no vermelho nesta segunda-feira. Durante o pregão intradiário, o índice atingiu seu menor patamar desde 9 de junho deste ano, ficando abaixo dos 135 mil pontos. Essa sequência negativa é a mais longa registrada desde maio/junho de 2024.
Aos números finais do dia, o Ibovespa fechou aos 135.298 pontos com uma queda percentual diária de 0,65%,movimentando cerca de R$ 18,8 bilhões em volume financeiro. No acumulado do mês atual houve retração superior a 2%, reduzindo a valorização anual para aproximadamente 12%.
Fatores que Influenciaram a Desvalorização das Ações
Um dos principais motivos para essa pressão negativa foi a divulgação do Índice IBC-Br pelo Banco Central – considerado uma prévia do Produto Interno bruto (PIB) -, que apontou uma contração mensal inesperada na economia brasileira em maio (-0,74%). Esse resultado desapontou investidores e analistas que esperavam estabilidade.
Além disso, as recentes medidas protecionistas anunciadas pelos Estados Unidos envolvendo tarifas adicionais sobre importações afetaram diretamente setores exportadores brasileiros. Essas ações também impactaram parceiros comerciais como México e União Europeia. O clima crescente de incerteza tem gerado um sentimento pessimista no mercado financeiro nacional.
“A combinação desses fatores tem pesado especialmente sobre papéis ligados à exportação”, comenta Patrick Buss da Manchester investimentos.
Destaques Positivos e Negativos Entre as Ações
No lado das maiores perdas destacaram-se BRF (-4,55%), telefônica Brasil (-3%) e Lojas Renner (-2,83%). Por outro lado tiveram desempenho positivo Petz (+3,84%), Hapvida (+3%) e MRV (+2,96%). Inicialmente beneficiadas pela queda nos juros futuros durante a manhã – favorecendo setores como consumo varejista e construção -, essas altas foram revertidas ao longo da sessão conforme os ventos negativos prevaleceram.
Dentre os bancos líderes do mercado houve variações distintas: Bradesco PN registrou leve alta (0,37%),enquanto Santander Unit caiu mais expressivamente (2%) assim como Banco do Brasil ON (queda acima dos 2%). As ações da Vale ON recuaram pouco mais de um ponto percentual; Petrobras também encerrou com perdas superiores a 1% tanto nas ações ordinárias quanto preferenciais.
Cenário Econômico Doméstico e Internacional
A agenda econômica local trouxe ainda atualizações importantes no Boletim Focus desta segunda-feira – documento que reúne projeções macroeconômicas divulgadas pelo banco Central – indicando revisão para baixo na expectativa do PIB brasileiro junto ao aumento nas estimativas inflacionárias para este ano.
A economista Paloma lopes destaca que “a indefinição acerca da tributação sobre operações financeiras (IOF) mantém um ambiente desafiador internamente”. No cenário externo persiste o impacto das políticas comerciais americanas conhecidas popularmente como ’efeito Trump’,cujos reflexos têm favorecido principalmente concorrentes asiáticos como China. Isso se reflete diretamente na volatilidade cambial doméstica; hoje mesmo o dólar comercial fechou cotado acima dos R$5,58 após alta diária superior a meio por cento.