Queda Surpreendente nas Vendas de Casas Usadas nos EUA em Junho: Mercado Imobiliário Enfrenta Desafios Crescentes

Estados Unidos: Mercado Imobiliário Enfrenta Redução nas Vendas de Casas Usadas

O mercado imobiliário dos Estados Unidos apresentou uma desaceleração significativa em junho, com as vendas de residências usadas registrando uma queda maior do que o previsto. Esse cenário reflete os desafios impostos pelas taxas hipotecárias elevadas e a instabilidade econômica, que têm afastado potenciais compradores.

Diminuição das Transações e Impactos no Setor Residencial

No último mês, as vendas caíram 2,7%, atingindo uma taxa anual ajustada sazonalmente de 3,93 milhões de unidades comercializadas. Essa cifra ficou abaixo da expectativa dos especialistas do setor, que estimavam cerca de 4 milhões. Em comparação ao mesmo período do ano anterior, o volume permaneceu estável.

Lawrence Yun, economista-chefe da Associação Nacional de Corretores de Imóveis (NAR), destacou que “as altas taxas hipotecárias mantêm as vendas em níveis historicamente baixos”. Ele acrescenta que se a taxa média das hipotecas fixas por 30 anos recuasse para aproximadamente 6%,cerca de 160 mil locatários poderiam adquirir sua primeira casa e haveria um aumento considerável na movimentação entre proprietários.

Construção Residencial Também Sofre Recuo

Além da retração nas vendas, dados governamentais indicam que a construção de casas unifamiliares atingiu seu ponto mais baixo nos últimos onze meses durante junho. as autorizações para novas construções também caíram para o menor nível registrado em mais de dois anos – um sinal preocupante para a oferta futura no mercado habitacional.

Cenário Econômico e Perspectivas Futuras

A taxa média das hipotecas fixas com prazo de 30 anos permanece próxima a 7% neste ano. Essa estabilidade ocorre após o Federal Reserve interromper os cortes na taxa básica devido às preocupações relacionadas à inflação provocada por políticas comerciais protecionistas adotadas recentemente pelo governo americano.

Espera-se que o banco central mantenha sua taxa básica entre 4,25% e 4,50% ao término da próxima reunião. Vale lembrar que houve três reduções nos juros durante este ano fiscal até dezembro passado.