Tarifa de Trump: Desafios para o Brasil e Oportunidades Globais em Meio à Nova Guerra Comercial

Brasil: Tarifas dos EUA Impactam Moderadamente e Abrem Novas Perspectivas Globais

O Brasil enfrenta a imposição de uma tarifa de 50% sobre seus produtos, que os Estados Unidos planejam aplicar a partir de agosto. Segundo Felipe Guerra, sócio-fundador e CIO da Legacy Capital, essa medida deve provocar efeitos econômicos limitados para o país, conforme apresentado no painel da Expert XP 2025.

Impactos Econômicos no Brasil

Apesar do desafio político gerado pela ausência de diálogo direto entre os governos brasileiro e americano, Guerra avalia que o impacto sobre o Produto interno Bruto (PIB) do Brasil será discreto. A tarifa pode exercer uma leve pressão inflacionária local, porém não deverá alterar significativamente as condições econômicas nacionais.

Repercussões Globais e Resiliência dos Mercados

A análise também abrangeu as consequências internacionais das tarifas impostas ou anunciadas pelo governo Trump contra diversos países. O mercado financeiro tem demonstrado capacidade de adaptação frente às oscilações causadas por essas decisões políticas nos EUA. conforme destacado por Guerra, “excessos que ameaçam ativos americanos tendem a ser revertidos rapidamente”, criando oportunidades para investidores durante o período republicano.

Projeções para a economia dos Estados Unidos

Luis Stuhlberger, CEO e CIO da Verde Asset Management presente no evento, ressaltou que as tarifas surgem em um momento em que a inflação nos setores de serviços e aluguéis está desacelerando nos EUA. Embora os salários ainda estejam acima das metas do Federal Reserve, indicam sinais claros de arrefecimento.

diante desse cenário macroeconômico favorável à redução gradual das taxas de juros já prevista para o próximo ano – aliada aos estímulos fiscais planejados – Stuhlberger prevê crescimento nos lucros corporativos americanos e fortalecimento contínuo da Bolsa local. Ele destacou especialmente a solidez persistente das ações do setor tecnológico como um ponto positivo nesse contexto.

A Continuidade do Papel Global dos Estados Unidos

Ao ser questionado sobre se os EUA perderam sua posição dominante global após recentes mudanças na administração federal, Stuhlberger ponderou: “Talvez tenha chegado ao fim essa fase sob controle direto governamental; entretanto, as empresas americanas mantêm influência significativa.” Essa perspectiva reforça otimismo quanto às perspectivas econômicas norte-americanas mesmo diante das tensões comerciais internacionais atuais.