Inspeção nas Obras do Federal Reserve e Questionamentos sobre Gastos

Nos Estados Unidos,na última quinta-feira (24),o ex-presidente donald Trump visitou as obras da sede do Federal Reserve,instituição equivalente ao Banco Central americano. Durante a visita ao canteiro de obras,Trump manifestou descontentamento com o aumento dos custos da reforma,afirmando que os gastos já ultrapassavam US$ 3,1 bilhões. Em resposta, Jerome Powell – presidente do Fed desde 2018 e mantido no cargo pelo governo Biden em 2022 – esclareceu que esse valor incluía um terceiro prédio concluído há cinco anos.

No local da obra, ambos usavam capacetes de segurança enquanto conversavam. Ao ser questionado por jornalistas sobre como lidaria com um gestor público responsável por exceder orçamentos em projetos governamentais, Trump foi direto: “Eu o demitiria”. Essa declaração evidencia a crescente tensão entre a administração presidencial e a liderança do banco central.

Cenário Econômico Atual e Demandas para Redução das Taxas de Juros

A visita ocorreu num momento delicado para Jerome Powell. O ex-presidente tem exercido forte pressão para que o Fed reduza as taxas básicas de juros – atualmente entre 4,25% e 4,50% – buscando estimular uma economia afetada pelas incertezas globais recentes. Especialistas também sugerem que essa movimentação política pode ter como objetivo desviar o foco público das controvérsias relacionadas a Jeffrey Epstein.

Em março deste ano, durante reunião na Casa Branca entre os dois líderes, já havia sido feita uma cobrança direta para cortes nas taxas monetárias; medida considerada essential para incentivar investimentos privados diante da inflação persistente nos EUA.

Desvios Orçamentários e Críticas à Administração Financeira do Fed

A reforma dos edifícios históricos sob responsabilidade do Federal reserve iniciou-se com orçamento previsto em US$ 2,5 bilhões; entretanto dados recentes indicam um estouro superior a US$ 700 milhões segundo Russell Vought – diretor orçamentário federal. Essa discrepância tem gerado críticas internas quanto à gestão financeira da instituição.

Scott Bessent – secretário do Tesouro americano – solicitou uma auditoria minuciosa das operações não diretamente ligadas à política monetária conduzida pelo Fed. ele ressaltou prejuízos operacionais como justificativa para questionar os elevados custos relacionados às reformas estruturais nos prédios centrais da autoridade monetária norte-americana.

Apesar das pressões políticas crescentes envolvendo essa situação financeira delicada e rumores frequentes sobre possível troca na liderança do banco central promovida por Donald Trump terem circulado amplamente nos bastidores políticos americanos foram oficialmente negados pelo próprio ex-presidente.

Mecanismos Legais Para Remoção no Comando Do Banco Central Americano

A legislação americana vigente desde 1913 estabelece que o presidente do Federal Reserve só pode ser destituído pelo presidente dos Estados Unidos mediante “justa causa”. Contudo esse termo carece de definição precisa ou critérios específicos previstos pela lei federal norte-americana – tornando qualquer tentativa de remoção sujeita a interpretações políticas complexas dentro desse contexto institucional sensível.