Brasil: Ações da WEG sofrem Queda Após Anúncio de Tarifa Americana sobre Cobre
As ações da WEG (WEGE3) registraram uma queda significativa de aproximadamente 4% nesta terça-feira, atingindo o menor valor desde meados de 2024. O recuo está relacionado à apreensão do mercado diante da possível imposição de tarifas elevadas sobre a importação de cobre pelos Estados Unidos.
Desempenho das Ações e Contexto do Mercado
No pregão da bolsa paulista, os papéis da WEG fecharam a R$ 40,61, figurando entre os ativos com pior desempenho do Ibovespa, que teve leve retração de 0,14%. Durante o dia, as ações chegaram a atingir R$ 40,44, valor intradiário mais baixo desde 26 de junho de 2024.
Medida Americana e Prazos para Implementação
Em reunião realizada na casa Branca, o então presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou a intenção de aplicar uma tarifa de 50% sobre o cobre importado, sem especificar a data exata para a vigência da medida. Posteriormente, o secretário de Comércio norte-americano, Howard Lutnick, indicou em entrevista que a tarifa deve entrar em vigor entre o final de julho e o início de agosto.
Repercussões para a WEG e Análise Financeira
Especialistas do UBS BB, liderados por Alberto Valerio, destacam que a notícia representa um desafio para a WEG, considerando que cerca de 25% do faturamento da empresa está vinculado ao mercado dos Estados Unidos. Eles estimam que o cobre compõe entre 10% e 20% do custo dos produtos vendidos pela companhia.
Com base nesses dados, o impacto projetado na margem operacional da WEG seria uma redução de 0,7 ponto percentual, caso metade do cobre utilizado nos EUA seja importado. Isso poderia resultar em uma diminuição de aproximadamente 3,5% no lucro líquido previsto para 2026.
Contexto Global e Perspectivas
Essa decisão americana ocorre em um momento de crescente tensão comercial global, onde tarifas sobre matérias-primas estratégicas têm sido usadas como instrumento de política econômica. Para empresas brasileiras com forte presença internacional, como a WEG, o cenário exige atenção redobrada para ajustes em cadeias de suprimentos e estratégias de mercado.